sábado, 29 de agosto de 2015

Quem não sofreu preconceito I

Uma vez eu me deparei com um assunto que falava sobre todo mundo já ter sofrido algum tipo de preconceito.
De minha parte, obviamente que eu concordei, pois eu tenho ciência que já sofri alguns. E exatamente quando estava escrevendo sobre isto no comentário, eu me dei conta que poderia fazer um texto sobre os preconceitos por mim sofridos.
Claro que não quero fazer deste artigo um muro de lamentações, e sim mostrar que o preconceito existe em todas as classes da sociedade.
Eu era muito baixinho quando criança, pois o meu crescimento até o glorioso 1,78m iniciou aos 15 anos. Então, meus colegas maiores me enchiam o saco. Sempre usando de covardia e praticando bullying. Este já é um preconceito dos grandes, mas o que é pior vou contar.
Os valentões não contavam com o quanto que eu era valente, corajoso e burro.
Certo dia, no intervalo da aula, não sei se ainda se chama recreio, um deles se meteu comigo e eu enfiei a mão na cara dele. O coitado teve que ir ao banheiro limpar o sangue. Coitado não. O filho de uma bela dama malabarista de bolsa em esquina me jurou de morte na saída. Como a minha coragem era maior que minha inteligência, eu encarei. Em vez de sair correndo ou fugir pelo outro portão, fui para a saída principal ao encontro do meu provável assassino.
A notícia se espalhou como poeira após um espirro. Logo, lá estava toda ala masculina do colégio  esperando a briga.
No meio da confusão senti um pé da bunda. Foi o covarde que aproveitou o furdunço para me agredir pelas costas. Eu devia ter partido para cima dele, mas a inteligência começou a aparecer e ficamos cara a cara naquela troca de olhar fulminante como dois lutadores de UFC.
O fato é que o Golias não veio para cima de mim, porque a porrada que dei nele, fez com que ficasse com um pouco com medo, pois sentiu minha mão pesar na sua cara. Acho que ele estava esperando eu atacar. Porém, eu que já estava um pouco mais esperto, fiquei na minha invertendo o ditado, e apliquei “o melhor ataque é a defesa”.
Enquanto um esperava o ataque do outro eu sofria o maior preconceito desta história. Os maiores que passavam por ali olhavam para mim, depois para ele e voltavam a olhar para mim rindo e diziam:
– Tu vais brigar com este nanico?
Pô. Eu estava enfrentando o cara de igual para igual e a vantagem até aquele momento era minha. Isto é ou não é preconceito?
A briga não saiu. Ele ficou com medo – risos. Levei um chute covardemente, mas o que é um pé na bunda para uma mão pesada que sangrou o palhaço?

Na próxima semana falo sobre o preconceito nos semáforos.

2 comentários:

  1. Infelizmente o bullying é cada vez mais presente neste muito.
    Você foi de muita coragem.

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  2. O eu mais tem no mundo são pessoas covardes

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