segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Madrugada

É no silêncio das luzes apagadas
Quando dou espaço pro nada
Que ouço meu coração dizer:
"Pulso, pulso, pulso
Pulso pra você sobreviver"
Não desista
Feche a porta
Feche as janelas
Desligue a TV
Não deixe entrar na sua casa
Os cadáveres dos degolados
Os homens mal intencionados
As luxuriosas aparências

Vida, se constrói do nada
Do pó surge e ao pó retorna
Mantenha a casa bem fechada
Entrega ao bom anjo o sono
Repousa, é madrugada!

Sandra May 




foto autoral

2 comentários:

  1. "Não deixe entrar na sua casa
    Os cadáveres dos degolados
    Os homens mal intencionados"

    Show! Parabéns, Sandra. Excelente poema. Havia um tempinho que não visitava o boteco e agora venho e encontro um poema tão bonito.

    Conheça os blogs literários:
    O Poeta e a Madrugada (Contos e Poesia)
    Dark Dreams Project (Contos de suspense e terror)

    Abraços!

    ResponderExcluir