sábado, 15 de novembro de 2014

Infinito pintado de azul


No permanecer em ti mergulho, e em gestos leves vou me aprofundando nesse nosso (a)mar. Na superfície, no fundo, no tudo só o que eu quero é ficar. Enxergando-me inteira no reflexo cristalino desse teu olhar. Olhar que me vê, me puxa, me salva, me avessa e desavessa. Olhar que me desnuda a alma pondo a salvo todo o meu sentir.

Nestas tardes mornas quero escrever meus versos e prosas no teu corpo. Ir lentamente me perdendo e me encontrando. Buscar-te no infinito de nós e no labirinto desses teus lençois. Quero correr em tuas veias e ser parte do sangue que te alimenta. Ser teu riso, teu prazer, teu amor, tua mulher, ser tua!

Navegando neste mar quero ir além do fim. E se controlasse o tempo, passaria nossa vida em câmera lenta e pausaria tudo exatamente assim: sentindo certa arritmia enquanto em êxtase me aconchego no teu peito, e tu repousas livremente as mãos na minha cintura, desenhando infinitos sob minha pele. Entoando melodias e declamando poesias pelas janelas do olhar.

Se antes de te encontrar os sentimentos inquietos do meu peito juravam partir. Hoje eles repousam serenos e em paz na minha imperturbável vontade de ficar. E as estrelas que encontro refletidas dentro da imensidão do teu olhar são testemunhas desse infinito pintado de azul feito pra durar. 


3 comentários:

  1. Lindo texto,amiga!
    os sentimentos expressos são puros e de infinita naturalidade!
    bjus e bom final de semana!
    http://www.elianedelacerda.com
    faça-me uma visita!

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  2. Eu sou fã da Mayra já algum tempo.
    É um prazer dividir esta coluna com ela.

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